Um jovem de apenas 16 anos passou por um verdadeiro milagre em Paranavaí (PR). Enzo Henrique Barbosa de Souza sofreu uma parada cardíaca durante uma partida em uma arena de esportes e ficou cerca de 10 minutos sem batimentos, mas se recuperou sem sequelas neurológicas, segundo médicos e familiares.
O registro assustador foi captado por câmeras de segurança: Enzo, sentado em uma cadeira, desmaiou repentinamente e permaneceu inconsciente até que o Samu chegou em quatro minutos, seguido por uma UTI móvel.
“Ao chegarmos, o coração dele já não batia. Fizemos RCP, administramos medicações, e, cerca de 10 minutos depois, o coração voltou a bater”, explicou a médica socorrista Amanda Dal Col. Foram 26 minutos do instante do mal súbito até a saída da ambulância rumo ao hospital.
Enzo passou 13 dias internado, sendo nove deles na UTI, com risco real de danos neurológicos. Para surpresa de todos, o adolescente despertou pronto após a suspensão dos sedativos e sem nenhuma sequela cerebral, conforme avaliação da equipe médica.
Diagnóstico e acompanhamento médico
O jovem foi diagnosticado com miocardiopatia hipertrófica, uma condição genética rara que provoca o espessamento do músculo cardíaco e aumenta o risco de arritmias fatais. Para evitar novos episódios, ele recebeu um cardiodesfibrilador implantável (CDI) — um dispositivo que corrige ritmos cardíacos irregulares automaticamente.
Enzo agora segue acompanhamento com especialistas do InCor da USP, onde fará um teste genético para identificar mutações associadas à doença. A intenção é notificar outros familiares que possam ter a tendência genética.
A família considera o episódio um milagre. “Fomos um só grito de oração”, conta a mãe de Enzo, emocionada. “Para mim, ele é um milagre”, afirma. O próprio adolescente concorda: “Fui um milagre. Já estava praticamente morto. Foi Deus mesmo que colocou me de volta”, declarou.
Médicos ressaltam que o socorro rápido é essencial. Cada minuto sem circulação reduz as chances de sobrevivência e aumenta o risco de sequelas permanentes. Por isso, a capacitação de pessoas comuns em técnicas de reanimação e a disponibilidade de desfibriladores em locais públicos são fundamentais para casos como esse.
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