O Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu, realizou no dia 7 de julho sua 27ª captação de órgãos para transplante. Os rins retirados de um paciente de 49 anos, com morte encefálica confirmada por protocolo, foram encaminhados para pacientes que aguardam na fila única do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
A mobilização envolveu o trabalho conjunto da equipe do HCN e da Central Estadual de Transplantes, com apoio do Serviço Aéreo do Estado de Goiás (SAEG), responsável pela logística de transporte. O procedimento, feito dentro da própria unidade, reforça a posição do hospital como referência estadual em captação de órgãos pelo SUS.
Apesar da dor da perda, a família do doador autorizou a doação e foi acolhida pela Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), formada por médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais.
A coordenadora da UTI Adulto e presidente da CIHDOTT, Kellen Karoline Lopes, reforça a importância de o tema ser discutido ainda em vida. “A única forma de ser doador é com o ‘sim’ da família. Por isso é essencial conversar sobre isso. Doar órgãos é um gesto de amor e muitas vezes, a única esperança de vida para quem está na fila”.
Por que comunicar seu desejo em vida?
A doação de órgãos só pode acontecer com a autorização da família. Por isso, quem deseja ser doador deve avisar seus parentes. A distribuição dos órgãos é feita de forma transparente e regulada pelo SUS, considerando compatibilidade, urgência e critérios médicos. A fila é única, nacional, e cada órgão doado pode representar a chance de um recomeço para alguém.
Em Goiás, o HCN é um dos principais protagonistas dessa corrente de solidariedade. Cada gesto conta — e um simples “sim” pode mudar destinos.
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