A quarta-feira (1º) foi marcada por um escândalo que chocou Goiás e repercutiu em todo o país. O ex-deputado estadual de Goiás Iram Saraiva Júnior, de 55 anos, foi preso no Rio de Janeiro, acusado de estuprar a própria filha de apenas 2 anos.
O ex-parlamentar, que hoje atua como médico, foi detido em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca. A prisão foi cumprida pela polícia após investigação apontar que a vítima era uma criança do convívio direto dele.
Segundo a investigação, o crime foi cometido recentemente contra a criança. Os detalhes da apuração correm em sigilo, mas a denúncia levou à expedição do mandado de prisão preventiva, cumprido nesta quarta-feira.
A prisão de Iram Júnior causa espanto por envolver um homem que já ocupou cargos de destaque e pertence a uma das famílias mais tradicionais da política goiana. A Polícia Civil do Rio segue com as investigações.
Filho de político influente
Iram Júnior não é um nome desconhecido da política goiana. Ele é filho do falecido Iram Saraiva, ex-senador e ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), considerado um dos homens mais cultos e influentes de sua geração.
Na política, o ex-deputado seguiu os passos do pai. Foi vereador em Goiânia entre 1997 e 1999, depois deputado estadual de 1999 a 2003 pelo então PMDB. Participou de campanhas históricas de Iris Rezende, chegou a ser candidato a vice-prefeito da capital em 2000 e ocupou cargos estratégicos em gestões municipais, como a Secretaria de Habitação e, mais tarde, a Secretaria de Governo.
Com o tempo, rompeu com o PMDB e chegou a apoiar o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), antigo rival político de Iris.
Apelidado de ‘Iranzinho’ nos bastidores, o ex-deputado parecia ter caminho aberto para se firmar na política goiana. Mas, ao longo dos anos, sua carreira pública perdeu força e o nome dele deixou de frequentar manchetes.
Agora, volta ao noticiário em meio a uma das acusações mais graves possíveis: abuso sexual contra a própria filha.
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