Dia 28 de maio é o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e o câncer de mama é uma das maiores preocupações hoje. Para contribuir com o combate dessa doença que segue avançando, Goiás é o pioneiro em oferecer a testagem genética pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O teste pode ajudar a prevenir o desenvolvimento desse tumor e proporcionar às mulheres uma vida mais longa e saudável.
O câncer de mama é o segundo tipo mais mortal entre as mulheres. Entre 5% e 10% desses diagnósticos estão relacionados a alterações genéticas herdadas da família. Por meio do projeto ‘Goiás Todo Rosa’, as mulheres são encaminhadas para consultas com mastologistas e ginecologistas e, em seguida, para a realização de exame de sangue que verifica a presença de mutações genéticas associadas à doença.
O processo começa com o atendimento na atenção primária, onde mais de 600 profissionais da saúde foram capacitados para identificar mulheres com perfil adequado para os exames. Entre os critérios, estão aquelas que têm histórico familiar de dois parentes consanguíneos – de primeiro, segundo ou até terceiro grau – que tiveram câncer de mama. O sequenciamento é realizado no Centro de Genética Humana (Cegh) da Universidade Federal de Goiás (UFG).
“Após a avaliação do painel genético e o resultado do exame, a paciente poderá escolher qual tratamento deseja seguir. É uma decisão dela, caso o resultado seja positivo, sobre realizar a cirurgia de retirada da mama”, explica a geneticista Elisângela Lacerda, responsável pelo sequenciamento genético no Cegh/UFGH. Ela afirma ainda que o estudo ocorre desde 2017, quando perceberam que de cada 100 pacientes, 22 tinham o perfil genético para câncer.
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