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Sexta-feira, 13 de Junho de 2025
Morre papa Francisco, 1º pontífice latino-americano, aos 88

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Morre papa Francisco, 1º pontífice latino-americano, aos 88

Argentino trabalhou por Igreja mais inclusiva e desafiou conservadores ao acenar à comunidade LGBT, mas seu legado é incerto

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O Vaticano confirmou na madrugada desta segunda-feira (21) o falecimento do papa Francisco, aos 88 anos. O pontífice argentino faleceu às 2h35 pelo horário de Brasília (7h35 na capital italiana), após enfrentar um agravamento de seu estado de saúde nas últimas semanas. Ele liderou a Igreja Católica por quase 12 anos, sendo o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta a ocupar o cargo.

Nascido Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, o então cardeal foi eleito papa em 13 de março de 2013, durante o conclave que sucedeu à histórica renúncia inédita de Bento XVI em um momento de forte desgaste da instituição, envolta em escândalos de abusos sexuais e baixa credibilidade global.

À época, a escolha do Papa Francisco representou uma quebra de tradições: além da origem fora da Europa, Francisco era conhecido por seu estilo pastoral simples e pela defesa de uma Igreja voltada aos excluídos, mais sensível às questões sociais e aberta a temas antes considerados tabus. Enfrentou diretamente o desafio de reconectar a Igreja com fiéis em um cenário marcado pelas crises internas e transformações culturais aceleradas.

Entre suas iniciativas mais emblemáticas estão a autorização para padres abençoarem casais do mesmo sexo e a inclusão de mulheres em funções até então restritas no Vaticano, como o direito a voto no Sínodo dos Bispos. Essas medidas foram interpretadas como sinais de abertura, ainda que limitadas por setores mais progressistas.

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Apesar dos avanços, o papa também foi alvo de críticas. Um dos pontos de maior frustração para parte das mulheres católicas foi a manutenção da proibição à ordenação feminina — tema que Francisco preferiu manter no campo do debate teológico sem promover mudanças práticas.

Nos últimos meses, Francisco enfrentava complicações respiratórias, agravadas por uma infecção polimicrobiana diagnosticada em fevereiro. A condição evoluiu para uma pneumonia bilateral, levando à internação no hospital Gemelli, em Roma, por mais de 40 dias. Mesmo hospitalizado, ele buscou manter sua rotina de compromissos religiosos, ainda que com limitações.

O estado de saúde do pontífice, já considerado frágil nos últimos anos, vinha sendo acompanhado com apreensão por católicos de todo o mundo. O Vaticano ainda não divulgou detalhes sobre o funeral, nem o cronograma do processo que definirá o próximo papa.

Com a morte de Francisco, a Igreja Católica entra em um novo momento de transição. O conclave para eleger seu sucessor deverá ser convocado nas próximas semanas, reunindo cardeais de todos os continentes.

O comunicado oficial da morte do Papa aconteceu por meio das redes sociais. O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados.

Francisco deixa um legado marcado por esforços de renovação interna, aproximação com comunidades marginalizadas e apelos constantes por paz, justiça social e cuidado com o meio ambiente. Seu pontificado, ainda que desafiado por crises e tensões internas, marcou uma das fases mais significativas da história recente da Igreja.

FONTE/CRÉDITOS: Mais Goiás
FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Imagem:
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