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Quinta-feira, 05 de Dezembro de 2024
Feminicídios caem em Goiás enquanto medidas protetivas ganham mais acompanhamento

Policial

Feminicídios caem em Goiás enquanto medidas protetivas ganham mais acompanhamento

Os dados foram apresentados durante coletiva de imprensa com a participação de comandantes das forças de segurança

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O estado apresentou queda no número de feminícidios ao mesmo tempo em que o acompanhamento de medidas protetivas teve um salto. Os dados foram apresentados durante coletiva de imprensa com a participação de comandantes da Polícia Militar, Civil, Penal, Científica e Corpo de Bombeiros, onde as corporações apresentaram seus respectivos balanços para o ano.

O número de acompanhamentos de medidas protetivas, que é feito pela Polícia Militar, saltou de 26.248 em 2023 para 88.743 em 2024, um crescimento de 238%. Já os feminicídios caíram 17% neste ano no Estado. Em 2023, as forças de segurança registraram 46 casos entre janeiro e setembro. Em 2024 o número caiu para 38 no mesmo período.

Além dos indicadores citados, Goiás teve queda em todos os outros crimes durante o período. Entre os números mais expressivos estão o roubo de carga, que caiu de 28 para 9 (67,9); roubo de veículos, que passou de 770 para 553 (28,2%) e roubo a transeunte, que caiu 30,2%.

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Em coletiva de imprensa, o governador Ronaldo Caiado (UB) afirmou que o resultado é impactante e que isso está sendo bem visto em outros estados. “O resultado é tão transformador que as pessoas perguntam se é verdade. As pessoas veem os níveis que Goiás atingiu e imaginam se é mesmo possível fazer a transformação que fizemos em Goiás. Forças policiais integradas e um governo com com responsabilidade em segurança pública é o importante”, diz.

“Os números mostram que salvamos vidas e que a política implantada em Goiás diminuiu o número de mortos. Essa polícia fez implantar a segurança que diminui esse óbitos em todos os setores da sociedade. Seja na rua no dia a dia, seja em acidentes ou até mesmo nos presídios. Goiás vem fazendo uma segurança com um padrão de entrega de resultados”, continuou.

Segundo Caiado, ações protetivas de mulheres são essenciais e é necessário a participação de outros setores governamentais. “Precisamos da Defensoria Pública, do Ministério Público e dos Tribunais de Justiça. Não é a apenas a polícia. Todos temos que promover ações de amparo a mulheres violentadas e todos esses órgãos constituídos precisam participar”, disse.

“Há ações que são implantadas pela Polícia Civil e acompanhadas pela Polícia Militar. Goiás dá um exemplo que deve ser copiado pelo resto do Brasil”, afirmou.

Em julho, a delegada Ana Elisa Gomes, titular da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (DEAEM), informou que a queda no número de feminicídios é o resultado de um ano e meio de trabalho integrado entre as polícias. “Temos trabalhado cada vez mais integrado. Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana. Além disso, o comprometimento do governo na área que trouxe muito mais oportunidades para as mulheres que decidem pela denúncia”. diz.

Outro ponto citado por Gomes foi o aumento das denúncias de violência no âmbito familiar que, segundo ela, é algo que se deve fazer um combate constante. “As ocorrências de crimes diversos no âmbito da violência doméstica familiar cresceram. Existe mais registros de crimes de ameaça, de perseguição de vias de fato, de lesão corporal, enfim, crimes de injúria, violência psicológica. Porém não acredito necessariamente que houve um aumento da violência porque a gente sabe que a violência doméstica familiar sempre existiu e é um combate assim perene que a gente tem que manter como propósito de trabalho, sem intervalos”, afirma.

“Acredito que as mulheres estão denunciando mais as agressões sofridas. Sejam elas verbais, morais, psicológicos, sexuais, as próprias agressões físicas e são mais informadas dos seus direitos, mais seguras em relação à importância de fazer essas denúncias”, completa.

FONTE/CRÉDITOS: Jornal Opção
FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Trabalho integrado das forças de segurança resultou na queda de indicadores relacionados a feminicídios e outros crimes violentos | Foto: Secom
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