A Polícia Federal cumpriu 25 mandados de busca e apreensão e de prisão temporárias contra grupo suspeito de movimentar mais de R$ 4 milhões com a compra e envio ilegal de medicamentos no Brasil e enviar para o exterior. Segundo informou a Polícia Federal, desses mandados, 11 foram cumpridos em Goiás, sendo dois de prisão.
Os nomes dos suspeitos não forma divulgados e, por isso, a reportagem não obteve contato com a defesa para um posicionamento até a última atualização desta reportagem. O delegado da Polícia Federal Bruno Gama informou que os R$ 4 milhões foram movimentados em dois anos de atuação do grupo e que o grupo é suspeito de ter enviado mais de uma tonelada de medicamentos para o exterior.
Além de Goiás, os mandados são cumpridos também em mais cinco estados e no Distrito Federal. Entre os outros cinco estados em que a operação é realizada estão São Paulo, Paraná, Amapá, Espírito Santo e Minas Gerais. Cerca de 100 agentes e fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram mobilizados para cumprir os mandados.
Os mandados foram cumpridos na manhã desta quinta-feira (24). Segundo a Polícia Federal, o grupo era estruturado em dois núcleos, um no Brasil e outro no exterior. Além da compra e envio ilegal dos medicamentos, o grupo também é suspeito de falsificar receitas médicas.
Os medicamentos eram enviados majoritariamente para os Estados Unidos, segundo a PF. Segundo o delegado, os suspeitos faziam a compra de medicamentos controlados com receitas falsas. "Eles ocultavam os medicamentos em remessa, como se fossem pessoas físicas encaminhando produtos de higiene e suplementos alimentares ao exterior", explicou.
O delegado contou ainda que o núcleo no exterior recebia os medicamentos e os vendia ilegalmente para uma comunidade de brasileiros. "O núcleo no Brasil era composto por familiares do líder que está no exterior e eles realizavam a compra, falsificando os receituários médicos", explicou o delegado. O delegado contou que foram identificados mais de 150 envios de medicamentos para o exterior.
"O grupo também encaminhava receituário médico falso para justificar, caso houvesse uma abordagem aduaneira no envio, para que os medicamentos fossem enviados legalmente como para consumo próprio", disse.
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