A executiva nacional do PSDB aprovou nesta terça-feira (29), em Brasília, a fusão do partido com o Podemos e o início do processo formal para consolidar a união. A decisão foi tomada por unanimidade de 38 votos, inclusive com a manifestação favorável do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que ameaça deixar a legenda. As definições de estatuto, número e nome do novo partido serão finalizadas em convenção agendada para o dia 5 de junho.
A fusão também precisa de aprovação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e dará origem a um novo partido, que por ora é chamado de "PSDB+Podemos". A convenção nacional do PSDB tem a prerrogativa de aprovar ou rejeitar propostas de fusão, com votos de membros do diretório nacional, delegados estaduais e mandatários no Congresso Nacional.
A expectativa de dirigentes dos partidos é que o Podemos também convoque uma convenção para junho. As legendas só poderão dar entrada no registro do novo partido no TSE depois de cumpridas essas etapas.
A mudança, segundo o presidente nacional dos tucanos, Marconi Perillo, terá impacto em Goiás para o fortalecimento do grupo de oposição ao governo estadual, com vistas às eleições estaduais de 2026. Em entrevista ao POPULAR, o ex-governador apontou que a maior estrutura a ser gerada pela fusão criará novo polo no cenário político do estado, o que poderia motivar lideranças hoje aliadas ao governador Ronaldo Caiado (UB) a deixarem a base aliada e apostarem em projeto alternativo no próximo ano.
"A fusão encorpa o partido e dá mais substância e envergadura. Passaremos a ter maior tempo de TV, mais parlamentares, tanto na Câmara quanto no Senado, além do fundo partidário e eleitoral. Então, é uma perspectiva nova. Para além disso, tem uma disposição nossa para, além da fusão, buscarmos uma nova federação com algum outro partido para que nos dê ainda mais musculatura", aponta Marconi Perillo.
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