Três pessoas foram presas em flagrante nesta segunda-feira, 17, depois que a polícia constatou diversas irregularidades no funcionamento de um frigorífico em Porangatu, no norte de Goiás.
A ação foi realizada durante uma operação da polícia civil que investiga crimes ambientais cometidos pelo estabelecimento. Segundo a polícia, os crimes eram praticados de modo permanente.
Um dos detidos foi autuado por porte ilegal de arma de fogo e por intimidar a um dos agentes policiais durante a ação. Uma arma de fogo, tipo revólver calibre .32, com 09 munições intactas, foi encontrada no veículo do investigado. Um outro homem foi autuado por desacatar e proferir palavras agressivas contra um agente público.
Principais crimes constatados
No local, a polícia constatou que a empresa despejava resíduos de abate de animais, como sangue e dejetos industriais, a céu aberto e sem qualquer tratamento, o que colocava em risco o meio ambiente e a saúde da população.
Ainda segundo a polícia o frigorífico também despejava resíduos líquidos, sem qualquer controle, próximas às nascentes e verificou ainda o uso irregular de madeira e produtos vegetais, com indícios de que utilizava lenha sem a devida comprovação de origem e a documentação necessária, configurando assim crime ambiental, conforme explicou o delegado Hermison Victor Pereira Alencar Sampaio.
Os policiais também encontraram galões de substâncias perigosas armazenados de forma inadequada, o que, conforme explicou a polícia, aumenta o risco de contaminação ambiental e ocupacional.
Medidas enérgicas contra o descaso ambiental e abuso de poder
A Polícia Civil esclareceu que as prisões e demais medidas criminais foram adotadas em razão do reiterado e habitual descaso com o meio ambiente por parte dos investigados. "O que não será tolerado de forma alguma. A operação de hoje também reforça o compromisso de coibir o abuso do poder econômico, já que os responsáveis pelo frigorífico acreditavam estar acima da lei, utilizando sua influência financeira para evitar sanções legais", explicou a polícia civil.
A polícia civil ainda disse que as investigações continuam, e novas ações poderão ser realizadas. "Ninguém está acima da lei e que todas as medidas cabíveis serão tomadas para punir os responsáveis", afirmou a polícia.
A Rede Serra Azul não conseguiu o contato com o advogado de defesa dos envolvidos.
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