Uma nova variante da Covid-19, identificada como XFG, acendeu o alerta das autoridades de saúde no Brasil e no mundo. Batizada popularmente de ‘Frankenstein’, a mutação — criada a partir da combinação de duas linhagens da Ômicron — já está em circulação no país e provocou a primeira morte confirmada.
O vírus, descoberto no fim de julho, foi identificado primeiro em território nacional. Desde então, se espalhou rapidamente, alcançando estados como São Paulo, Ceará e Rio de Janeiro, além de já estar presente em mais de 40 países. A Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou a nova cepa sob monitoramento constante, temendo uma nova onda de infecções.
Apesar de os sintomas serem, em geral, leves a moderados, especialistas reforçam que o vírus mantém potencial de gravidade, principalmente entre idosos e pessoas com comorbidades.
Sintomas e cuidados
Os sintomas mais relatados até agora incluem tosse persistente, congestão nasal, coriza, febre leve, dores musculares, dor de estômago, cansaço acentuado e, em alguns casos, perda do olfato e paladar.
Como são parecidos com os de uma gripe comum, muitos pacientes demoram a procurar atendimento, o que pode agravar o quadro.
As autoridades reforçam que testes rápidos gratuitos estão disponíveis em UBSs e UPAs e devem ser feitos até 72 horas após o início dos sintomas. O tratamento segue o mesmo protocolo das variantes anteriores: repouso, hidratação e acompanhamento médico.
Casos e mortes no Brasil
Entre 1º de janeiro e 2 de agosto de 2025, o Brasil registrou 1.956 mortes por Covid-19, o que representa uma queda de 57% em relação ao ano anterior. Ainda assim, a doença segue presente e perigosa, com média de 13 óbitos por dia no país.
A Fiocruz e outros centros de vigilância continuam monitorando o avanço da XFG. O alerta é claro: o vírus segue ativo e as medidas de prevenção, como vacinação em dia, uso de máscara em locais fechados e higiene das mãos, ainda são essenciais. “É uma mutação que exige atenção, não pânico”, reforçam os especialistas.
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