Um vídeo gravado no último dia 18 de setembro e que viralizou nas redes sociais escancarou a situação crítica do Rio do Peixe, que corta municípios de Goiás e Mato Grosso. Nas imagens, o autor compara o estado atual do rio com registros feitos há menos de um mês e revela um cenário desolador: áreas antes profundas, usadas para banhos e travessias, agora estão completamente secas, cobertas pela areia.
“Não tem nem mais poço, aquilo ali não tá nem no tornozelo”, lamenta o homem, ao mostrar o leito raso. Ele ainda alerta que nunca se viu o rio tão baixo: “Dessa vez vai chegar ao extremo, pessoal, ao extremo”. O vídeo também cita o Rio Araguaia, que estaria em condições semelhantes de escassez.
O Rio do Peixe é afluente do Araguaia, ou seja, alimenta suas águas. Quando sofre redução drástica de vazão, o impacto chega também ao equilíbrio do próprio Araguaia, que já enfrenta quedas expressivas em razão da estiagem severa e das mudanças no uso do solo.
O que diz o Governo de Goiás
Em nota, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informou que acompanha a situação hídrica em Goiás por meio do Cimehgo – Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas, responsável pelo monitoramento de chuvas, reservatórios e rios.
A Semad reforçou que a tendência é de melhora nas próximas semanas, com a chegada das chuvas, mas pediu uso consciente da água pela população. A pasta lembrou que, quando necessário, adota medidas restritivas e emergenciais para preservar o abastecimento humano, a dessedentação de animais e a manutenção dos ecossistemas.
Em 2024, por exemplo, uma operação integrada no Rio do Peixe chegou a coibir captações irregulares em período de seca severa. Enquanto a chuva não vem, a ordem é economizar e rezar para que a natureza alivie o sufoco da população e dos rios.
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