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Sexta-feira, 26 de Setembro de 2025
BR-153 e ultrapassagens proibidas: a combinação mortal que segue tirando vidas em Goiás

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BR-153 e ultrapassagens proibidas: a combinação mortal que segue tirando vidas em Goiás

A concessionária Ecovias Araguaia afirma que tem intensificado melhorias, como novas placas, reforço na sinalização e recapeamentos

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As estatísticas são frias, mas atrás de cada número há famílias destruídas e histórias interrompidas nas rodovias de Goiás. De janeiro a setembro de 2025, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já registrou 61 colisões frontais causadas por ultrapassagens em locais proibidos, resultando em 31 mortes. A pressa, o excesso de velocidade e a desatenção seguem como inimigos invisíveis que se tornam fatais em poucos segundos de imprudência.

A tragédia mais recente, em Campinorte, escancarou o drama. Oito pessoas de uma mesma família e um casal que seguia de moto morreram após o motorista de uma caminhonete, embriagado e em alta velocidade, invadir a contramão na BR-153.

A colisão não apenas chocou a região, mas também expôs um dado preocupante: a rodovia é a mais letal de Goiás. Só em 2024, 27,6% das mortes em rodovias do estado aconteceram nela, segundo levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT).

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Um retrato da violência nas estradas goianas:

- Em 2024, foram 3.304 acidentes registrados em rodovias do estado;

- 297 pessoas perderam a vida;

- Mais da metade das mortes (51,5%) ocorreram à noite;

- As principais causas estão no comportamento ao volante: sono, imprudência, ultrapassagens arriscadas e motoristas que simplesmente cruzam a contramão.

A BR-153, que corta Goiás de ponta a ponta, já foi palco de outras tragédias recentes. Em julho, um engavetamento envolvendo micro-ônibus, carreta e ônibus em Porangatu deixou 75 feridos e quatro mortos.

Na tentativa de mudar esse cenário, obras de duplicação começaram em julho em 53,4 km entre Uruaçu, Campinorte, Rialma e Rianápolis. A concessionária Ecovias Araguaia afirma que tem intensificado melhorias, como novas placas, reforço na sinalização e recapeamentos. Mas os especialistas alertam: nenhuma obra substitui a responsabilidade do motorista.

O recado da PRF é direto: respeitar os limites de velocidade, evitar ultrapassagens em locais proibidos e redobrar a atenção podem ser a diferença entre voltar para casa ou virar estatística.

FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Dionicio Gomes/O Popular
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