Eles ainda estão no colégio, mas já estão de olho no espaço. Dezessete alunos do Colégio Apoio, no Jardim Novo Mundo, participam de uma campanha internacional para identificar asteroides próximos da Terra e, até agora, já localizaram 12 objetos em imagens enviadas por um telescópio no Havaí, nos Estados Unidos.
A iniciativa faz parte do programa do Centro Internacional de Colaboração Astronômica (IASC), com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). No próximo dia 22, os estudantes serão reconhecidos em Brasília durante a Semana da Ciência e Tecnologia.
O responsável por inscrever a turma no projeto foi o professor de inglês e projeto de vida Mateus Martins, que já participa da ação há três anos. “O IASC envia registros do telescópio do Havaí e os alunos analisam e tentam identificar objetos que podem ser asteroides. Nesse ano, foram 12 considerados preliminares”, explica.
Segundo Mateus, o projeto é voluntário e desenvolvido no Brasil com o objetivo de tornar a ciência mais acessível. “O ideal é que mais escolas participem. Os estudantes precisam disso”, completa.
Entre os jovens participantes está Richard de Castro Melo, 15 anos, do 9º ano. Ele conta que começou a analisar as imagens ainda no 8º ano e aprendeu muito sobre astronomia e comportamento dos objetos espaciais. “Pegamos imagens em preto e branco e precisamos identificar pequenos pontos que se movem. É fascinante!”, diz Richard, que já pensa em seguir carreira como astrônomo ou em matemática.
Vale lembrar que as descobertas preliminares precisam passar por uma análise que pode levar de três a seis anos. Se confirmadas, os estudantes terão o direito de batizar os asteroides encontrados, entrando de vez para a história da astronomia.
Comentários: