Serra Azul Notícias

Domingo, 12 de Outubro de 2025
Pais morrem em sequência e filha acusa hospital de omissão: “Meu pedido de socorro foi ignorado”

Policial
100 Acessos

Pais morrem em sequência e filha acusa hospital de omissão: “Meu pedido de socorro foi ignorado”

A jovem afirma que pediu várias vezes para que a equipe médica agisse, mas o profissional se limitou a observar a situação

IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.

Um drama familiar tem gerado indignação em Corumbá de Goiás. A jovem Ghenyffer Lowrrany Fernandes, de 26 anos, afirma que sua mãe, Cleonice Coelho Furtado de Sousa, de 53 anos, morreu vítima de suposta negligência médica, minutos após perder o pai, Genismar Fernandes, conhecido como ‘Graia’, que sofreu um ataque cardíaco. O caso ocorreu há cerca de 1 ano e 5 meses e está sendo investigado pela Polícia Civil.

Segundo o boletim de ocorrência, Cleonice passou mal após ver o marido cair desacordado. Ela foi levada ao hospital por volta das 2h24, consciente, com auxílio do filho e da filha, apresentando doença renal crônica, diabetes e hipertensão.

“Minha mãe chegou caminhando, mas o atendimento foi praticamente inexistente. O médico se afastou depois de uma breve conversa, e os enfermeiros sumiram. Quem prestou socorro inicial foi um acompanhante de outro paciente”, relatou Ghenyffer.

Leia Também:

Momentos depois, Cleonice sofreu parada cardíaca. A jovem afirma que pediu várias vezes para que a equipe médica agisse, mas o profissional se limitou a observar a situação. Ao morrer, Cleonice ainda apertou a mão da filha.

Exposição dos corpos e irregularidades nos documentos

No dia seguinte, Ghenyffer relatou que os corpos dos pais teriam sido colocados lado a lado em uma sala do hospital, expostos a comentários de funcionários. Também chegou ao conhecimento da família que fotos teriam circulado na internet, mas ela não teve coragem de ver.

Outro ponto grave é que o prontuário da mãe não foi preenchido pelo médico que a atendeu, mas por terceiros que não estavam presentes no momento do óbito. A jovem só teve acesso ao documento 30 dias depois.

Investigação em andamento

A delegada Aline Lopes, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Anápolis, responsável pelas investigações, confirmou que o caso continua em apuração. Novas oitivas estão sendo realizadas para esclarecer a possível omissão de socorro por parte do médico e da equipe do hospital.

“É revoltante ver que a gente busca socorro para quem mais precisa e a própria equipe se afasta. Minha mãe não merecia passar por isso”, desabafou Ghenyffer.

FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Reprodução
Comentários:

Crie sua conta e confira as vantagens do Portal

Você pode ler matérias exclusivas, anunciar classificados e muito mais!

Envie sua mensagem, estaremos respondendo assim que possível ; )