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Domingo, 12 de Outubro de 2025
Câmara aprova isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e taxa mais ricos

Economia
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Câmara aprova isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e taxa mais ricos

Na prática, cerca de 16 milhões de brasileiros deixarão de pagar o imposto

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Um alívio no bolso de milhões de brasileiros pode estar perto de virar realidade. A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (2), por unanimidade, o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda dos atuais R$ 3.036 para R$ 5.000. O texto ainda precisa passar pelo Senado antes de seguir para sanção do presidente Lula (PT), mas, se aprovado, começa a valer em 1º de janeiro de 2026.

A proposta, relatada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), recebeu 493 votos favoráveis e nenhum contrário, uma vitória política para o governo Lula, que já articula usar a medida como trunfo em sua possível campanha de reeleição em 2026.

Na prática, cerca de 16 milhões de brasileiros deixarão de pagar o imposto. Para quem recebe entre R$ 5.000 e R$ 7.350, haverá uma isenção parcial. Para compensar a perda de arrecadação, estimada em R$ 31,25 bilhões por ano, o projeto cria uma nova taxação para os mais ricos.

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Quem ganha a partir de R$ 600 mil por ano pagará uma alíquota mínima de 2,5%, que cresce de forma progressiva, chegando a 10% para quem recebe acima de R$ 1,2 milhão anuais, incluindo dividendos. Exemplo: quem tem renda anual de R$ 900 mil pagará 5% de IR, o equivalente a R$ 45 mil.

Bastidores e negociação

Para garantir a aprovação sem mudanças no texto, Arthur Lira bloqueou destaques e emendas que poderiam ampliar ainda mais a isenção sem indicar fonte de compensação. Lula também entrou pessoalmente na articulação: ontem, almoçou com os presidentes da Câmara e do Senado e, hoje, conversou com líderes do Centrão para consolidar o apoio.

Com apelo popular e impacto direto na vida dos trabalhadores, o projeto foi abraçado por todos os partidos, que enxergam na medida um reforço em suas bases eleitorais. Agora, a expectativa está no Senado. Se não houver alterações, o texto segue direto para a sanção presidencial e entra em vigor já no começo do próximo ano.

FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Divulgação
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