Foi concluído na última quinta-feira (2), no Fórum de Uruaçu, o julgamento de Alexandre White Rodrigues Araújo, condenado a 12 anos e 6 meses de prisão em regime fechado pelo homicídio do próprio irmão, o policial militar Tiago White Rodrigues Araújo, de 33 anos.
O crime aconteceu em julho de 2024, durante uma festa de família, quando uma discussão entre os irmãos terminou em agressão e, posteriormente, em dois disparos que mataram o soldado.
O tribunal reconheceu que Alexandre agiu após ser agredido, mas entendeu que isso não o isentava da responsabilidade pelo crime. Ele está preso preventivamente desde o ocorrido e continuará cumprindo pena em regime fechado.
O julgamento, que durou mais de 10 horas, encerra um dos casos mais comentados da região, marcado por comoção e forte repercussão nas redes sociais.
Em nota, a defesa de Alexandre afirmou que respeita a decisão da Justiça, mas discorda da pena aplicada e informou que irá recorrer da sentença.
Relembre o caso
Câmeras de segurança registraram o momento em que o policial militar Tiago White foi morto a tiros pelo próprio irmão, na madrugada de 11 de julho de 2024, em Uruaçu, no norte de Goiás.
Tiago comemorava seu aniversário e a aprovação em um curso da Polícia Militar. Já no fim da festa, ele teria aconselhado o irmão sobre o relacionamento amoroso em que estava, o que deu início à discussão.
Segundo as investigações, Tiago agrediu Alexandre com socos e chutes, deixando-o desacordado por alguns minutos. Pouco depois, o irmão se levantou, saiu de dentro da casa e efetuou dois disparos contra o policial na área de lazer.
O militar foi atingido na mão, no abdômen e nas costas. As imagens mostram o momento em que ele cai na piscina após os disparos. Tiago chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital Centro-Norte Goiano (HCN), mas não resistiu aos ferimentos.
O vídeo da cena chegou a ser publicado nas redes sociais pelo presidente do Detran-GO, Delegado Waldir Soares, mas foi apagado pouco depois.
De acordo com o delegado Sandro Costa, titular da Delegacia Municipal de Uruaçu e do Grupo Especial de Investigação Criminal (Geic), os irmãos “sempre tiveram uma boa relação, mas acabaram se desentendendo durante a reunião familiar”.
A defesa de Alexandre afirmou que ele via em Tiago uma figura paterna e que estava abalado emocionalmente e ferido fisicamente no momento do crime.
Tiago White era lotado no 14º Comando Regional da Polícia Militar de Goiás e atuava na 7ª Companhia Independente de Policiamento Especializado (CPE) de Uruaçu. Era reconhecido pela dedicação e comprometimento com o serviço.
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