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Terça-feira, 11 de Novembro de 2025
Brilho que faz mal: Anvisa proíbe glitter comestível em bolos e doces; entenda os riscos

Saúde
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Brilho que faz mal: Anvisa proíbe glitter comestível em bolos e doces; entenda os riscos

Produto que virou febre nas confeitarias pode conter plástico e metais pesados; especialistas explicam como identificar o glitter realmente seguro para consumo

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O que parece inofensivo — e até bonito — pode esconder um grande risco à saúde. A Anvisa emitiu um alerta nacional sobre o uso de glitter em alimentos, após descobrir que muitos produtos vendidos como comestíveis são, na verdade, feitos com plástico micronizado, o mesmo usado em embalagens e utensílios domésticos.

A polêmica começou depois que o influenciador Dario Centurione viralizou nas redes ao mostrar a composição de um glitter amplamente vendido no Brasil. O material, identificado como polipropileno micronizado (PP), é proibido para uso em alimentos. A denúncia acendeu o debate: afinal, existe glitter comestível de verdade?

Segundo a Anvisa, qualquer produto que contenha plástico é irregular e impróprio para o consumo. O alerta vale para bolos, cupcakes, sobremesas e qualquer doce que leve pós ou brilhos decorativos. “Esses materiais só podem ser usados em enfeites não comestíveis, como topos de bolo e cenários de festa”, reforçou a agência.

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Como saber se o glitter é realmente comestível

Um simples pozinho decorativo com plástico já torna o doce um alimento impróprio para consumo e sujeito à apreensão e multa sanitária. Além dos riscos físicos — como o acúmulo de microplásticos no organismo — há também perigo químico: os corantes usados em glitters de papelaria ou artesanato podem conter metais pesados e toxinas acima dos níveis seguros.

A única forma segura é ler o rótulo. O glitter comestível deve trazer a lista de ingredientes alimentares — como açúcar, amido, gomas e corantes autorizados — e o registro na Anvisa ou a frase “Dispensado de registro”.

Já os glitters plásticos, feitos de PET, PVC ou poliéster, devem conter o aviso “NÃO INGERIR”, ainda que, em muitos casos, essa informação apareça em letras pequenas.

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, tanto o fabricante quanto o confeiteiro podem ser responsabilizados. O primeiro, por vender produto inadequado ou com rótulo enganoso; o segundo, por utilizar ingrediente não autorizado. Mesmo que o erro venha do fornecedor, o confeiteiro não está isento.

Como o confeiteiro pode se proteger

Especialistas orientam um checklist básico:

- Peça nota fiscal e ficha técnica antes da compra;

- Guarde rótulos originais e fotos dos produtos usados;

- Rejeite qualquer item que traga a indicação “não comestível”;

- E, principalmente, informe o cliente se houver elementos plásticos na decoração.

No fim das contas, o brilho do bolo pode até chamar atenção, mas não vale colocar a saúde em risco. O recado da Anvisa é claro: glitter comestível só é seguro se for 100% alimentício.

FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Divulgação
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